Sérgio Lima/Folha
Em Brasília, como se sabe, todos os gastos são pardos. Ali, usufrui-se de tudo o que o dinheiro –do contribuinte— pode comprar.
Réu no processo do mensalão, o grão-petê José Genoino ornou com sua presença os festejos do 31º aniversário do PT.
Apagada a velinha do bolo, Genoino dirigiu-se à casa do ex-deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF), onde foi servido um jantar.
Entre os comensais, estavam Lula e Dilma Rousseff.
Genoino chegou à residência de Sigmaringa num carro da Câmara dos Deputados. Você pagou a gasolina.
Veículo público em evento partidário e privado é coisa que, por absurda, não encontra amparo na lei.
No caso de Genoino, ao absurdo somou-se o inadmissível. Ele é, hoje, um sem-mandato. Candidato em 2010, não foi reeleito.
O que diabos fazia um ex-deputado a bordo de um automóvel da Câmara? Pilhado, Genoino tentou, sem sucesso, explicar-se.
Primeiro, disse que pegara carona com um deputado. O nome? Absteve-se de dizer. Não colou. Noves fora o motorista, só Genoino ocupava o veículo.
Posteriormente, declarou que o automóvel compunha o “comboio” do presidente da Câmara (PT-RS). Lorota. Os dois não chegaram juntos ao local do repasto.
Em notícia veiculada na Folha, informa-se que a reportagem tentou obter na Câmara uma explicação para o inexplicável. Perguntou uma, duas, várias vezes. E nada.
A assessoria de imprensa da Casa alegou que o setor de transportes precisava da placa do carro para prover uma resposta. Como o número não fora anotado...
Assim, o aniversário do PT tornou-se uma festa sui generis. Petistas como Genoino entraram com a boca. Você compareceu com o bolso.
Além de Genoino, chegaram à casa de Sigmaringa em carros oficiais o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) e o senador Humberto Costa (PT-PE).
Escrito por Josias de Souza
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