Lula inaugurou nesta terça (21), em Porto Nacional (TO), um trecho da ferrovia Norte-Sul.
Ao discursar, o presidente dedicou-se à prática de um de seus esportes preferidos, o tiro à imprensa.
Para Lula, a mídia o trata com “ódio”. Fenômeno antigo, segundo ele. "Já fui vítima do que está acontecendo hoje”.
Na sexta e no sábado, num par de comícios, o patrono de Dilma Rousseff dissera que jornais e revistas viraram “partidos políticos”. Prometera derrotá-los.
No discurso desta terça, repisou a pregação contra aqueles que chama de "formadores de opinião":
“O povo de 2010 não é mais massa de manobra, como era 30 anos atrás. Não tem mais essa de que se deu na TV é verdade...”
“...O povo sabe quando é mentira. Tem, às vezes, má fé. Quando falam mal de mim e eu estou errado, dou a mão à palmatória...”
“...Eles ficam torcendo contra o Lula. Esse peão não pode dar certo. Torceram a vida inteira".
Para não soar antidemocrático, disse que a liberdade de imprensa é "sagrada". O que não pode é jornalista "inventar coisas".
Não disse palavra sobre Erenice Guerra e Cia.. Nada sobre as quatro autoridades afastadas nas pegadas das “invenções” que envolvem a Casa Civil.
Para sorte de Lula, além dos repórteres que o vêem com “ódio”, havia em Porto Nacional um personagem que o ama: José Sarney.
O aliado cuidou de afagá-lo. Disse que Lula, mercê dos êxitos do governo, inscreve seu nome “no altar dos maiores brasileiros de todos os tempos”.
Dias atrás, o grupo de Sarney constrangera o presidente. Apoiados por Lula, políticos amapaenses ligados a Sarney foram recolhidos ao cárcere pela PF.
Mas essa é outra história. O amor de Sarney, com amor Lula paga. O resto não importa.
O signatário do blog, por odioso, é tentado a concluir que, em política, o amor não é coisa para amadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será exibido após aprovado pelo moderador. Aceitamos todas as críticas, menos ofensas pessoais sem a devida identificação do autor. Obrigado pela visita.