O Ministério Público Eleitoral de Alagoas entrou ontem com ação contra Fernando Collor, candidato ao governo do estado pelo PTB, e seu vice, Galba Novaes.
A acusação é de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Para o MP, houve fraude em pesquisa divulgada em agosto pelo jornal “Gazeta de Alagoas” e realizada pela Gazeta Pesquisa (Gape), ambos da família de Collor.
O procurador eleitoral Rodrigo Tenório pede a cassação do registro das duas candidaturas e a inelegibilidade por oito anos. A pesquisa apontava Collor com 38% das intenções de voto, enquanto o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) atingia 23% e o atual governador, Teotônio Vilela Filho (PSDB), 16%.
Na mesma época, pesquisa do Ibope pôs os três concorrentes em empate técnico: Lessa teria 29%; Collor, 28%; e Teotônio, 24%.
De acordo com o MP, o universo pesquisado pelo Gape não retratou fielmente o eleitorado. A fraude, segundo o procurador, estaria no fato de que o instituto dos Collor inflou a representatividade de eleitores que ganham até um salário mínimo, faixa em que o candidato tem boa aceitação.
O advogado de Collor, Fábio Ferrario, não quis comentar o assunto ontem.
Collor é o candidato a governador que recebe o apoio de Lula em Alagoas.
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