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domingo, 12 de setembro de 2010

Plínio esnoba encontro da esquerda e irrita adversários.

Principal crítico de Dilma Rousseff (PT) por sua ausência em debates, o presidenciável Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) acaba de virar vidraça pelo mesmo motivo. Ele avisou que não deve participar do encontro dos candidatos de esquerda que será transmitido via internet pelo jornal "Brasil de Fato", no próximo dia 21.

O "bolo" anunciado irritou outros três nanicos que, ao contrário de Plínio, não são convidados para os debates com os favoritos na TV.

"Parece que ele está se sentindo na primeira divisão, né? Logo ele, que vive reclamando por ser excluído pela grande mídia...", ironiza Ivan Pinheiro (PCB).

Para Rui Costa Pimenta (PCO), a decisão é sinal de "deslumbramento" e "frouxidão ideológica" do rival. "O PSOL é um partido muito contraditório, com tendência a se aproximar do sistemão. Eles acham que pertencem ao esquema eleitoral, mas é só ilusão", sentencia.

Mais diplomático, Zé Maria (PSTU) diz que prefere esperar um anúncio oficial, mas não esconde a surpresa com a atitude do oponente. "O Plínio tem criticado tanto a desigualdade do processo eleitoral... Será lamentável se ele não for mesmo."

Os quatro candidatos aparecem nas pesquisas com menos de 1% das intenções de voto. A lei eleitoral só garante Plínio nos debates da TV porque seu partido elegeu deputados em 2006.

AGENDA LOTADA

O PSOL faltou à reunião que definiu o modelo do encontro, na quarta-feira. Segundo a assessoria de Plínio, ele não deve comparecer por problemas de agenda.

O debate do "Brasil de Fato" será o primeiro para políticos que já disputam o Planalto há muito tempo, mas nunca ficaram cara a cara com os adversários.

"Vamos abrir uma brecha na ditadura que se estabeleceu nas eleições", anima-se Pimenta, candidato à Presidência desde 2002.

O jornal "Causa Operária", do PCO, traz na capa atual as fotos dos quatro candidatos, com um ponto de interrogação sobre o rosto de Plínio.

O encontro terá regras rígidas para evitar que a arena pegue fogo, numa competição para ver quem é mais radical. Não haverá sequer perguntas entre candidatos: todos responderão às mesmas questões de um mediador.

"Não queremos alimentar briga ou cizânia na esquerda", justifica Cristiano Navarro, do "Brasil de Fato".

O jornal chamou Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), mas nem esperou as respostas. José Serra (PSDB), José Maria Eymael (PSDB) e Levy Fidelix (PRTB) não foram convidados por serem considerados "de direita".

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