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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vice-presidente do PSDB diz que teve seus dados violados também no BB.

Eduardo Jorge Caldas Pereira
O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, diz que teve sua conta acessada no Banco do Brasil sem motivação profissional aparente por duas vezes, segundo a Folha apurou. Ou seja, além da quebra de seu sigilo na Receita Federal, tudo indica que ele também teve seus dados bancários violados no BB. "Essas informações apenas confirmam que os acessos aos meus sigilos foram uma coisa organizada e orquestrada", disse ele, ao ser procurado pela reportagem. Conforme a Folha revelou em junho, a chamada "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência levantou e investigou dados fiscais e financeiros sigilosos do dirigente tucano. O grupo obteve informações de uma série de três depósitos na conta de EJ no BB no valor de R$ 3,9 milhões, além de cópias de cinco declarações de Imposto de Renda do dirigente tucano. Segundo a Polícia Federal e a Receita, que abriram investigações com base nas revelações feitas pela Folha, os dados fiscais de EJ foram violados numa agência do fisco em Mauá (SP). Esses papéis integravam um dossiê elaborado por um time de espionagem que começava a ser montado com o aval de uma ala da pré-campanha de Dilma. Um dos depósitos foi feito em janeiro deste ano. O BB informou à PF e ao Ministério Público Federal cinco acessos à conta de EJ. O vice-presidente do PSDB disse à Folha que só reconhece motivação em três das consultas, ou seja, as outras duas não teriam razão profissional. Um dos acessos considerados imotivados ocorreu na Região Metropolitana do Rio, em março deste ano. O outro, também em março, foi na agência onde ele mantém conta, em Brasília.

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