Grupo debatia segurança com comunidade
O órgão deveria promover discussões sobre segurança entre autoridades e a comunidade.
Representantes de instituições da cidade apontam a inatividade do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) há mais de um ano. O órgão, implantado na cidade desde 2007 a partir de orientação do Ministério da Justiça, visa promover discussões sobre segurança entre autoridades do setor e a comunidade.
"A integração gerada pelo GGI-M é, inclusive, recomendada pelo próprio Governo Federal", afirma o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos, Wilson Lourenço, que criou o primeiro Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da cidade - em 1996, na Vila Galvão. Ele comenta ainda estar surpreso pelo fato do canal de integração já ter sido criado, colocado em prática, e não mais funcionar. "A comunidade já havia se organizado para o GGI-M. Entretanto, esta ferramenta, que propiciaria o planejamento de uma gestão de forma inteligente, está parada".
Já o coronel Maurício Weisshaupt Perez, comandante do Comando de Policiamento de Área Metropolitana 7 (CPA/M7), diz que a polícia militar continua buscando integração para ações mesmo sem as reuniões do gabinete. "Independente do GGI-M, fazemos um trabalho de integração. Sempre buscamos conversar com os Consegs, além de autoridades políticas, como vereadores e deputados, para analisar as necessidades do município", conta o coronel. Mas também destacou a importância das reuniões do gabinete e disse ser "fundamental para discussões que competem a diferentes agentes, não só à PM".
O presidente do Conseg Bom Clima, Alberto Valadares, conhecido como Argentino, que também atua na direção de segurança da ACE, se queixa da Prefeitura ao afiirmar, "esta administração é de exclusão, que vai contra a democracia participativa". Argentino lembro o artigo 144 da Constituição Federal, ao comentar que a segurança é dever do Estado e responsabilidade de todos. "Ao contrário do que Elói PIetá disse ao passar o mandato para Sebastião Almeida, veja uma descontinuidade da atual Prefeitura neste sentido", disse.
Argentino referiu-se à alteração feita no GGI-M, por meio de um decreto data de outubro de 2009, em que a Prefeitura colocava na condição de convidados de representantes das Magistratura, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Sistema Penitenciário Estadual, dos Conselhos Comunitários de Segurança, de Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal e de outros orgãos ou entidades por deliberação do próprio GGI-M. Em julho deste ano, após a manifestação contrário de alguns representantes das entidades citadas, outro decreto, retrocede e inclui na reunião dois representantes de cada Conseg.
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