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domingo, 12 de setembro de 2010

Painel: Dilma disparou telefonemas quando soube de acusações contra Erenice Guerra.

Informada de que a nova edição da revista "Veja" traria acusações contra Erenice Guerra, Dilma Rousseff, embora "em recesso" pelo nascimento do neto, disparou pessoalmente, entre quinta e sexta, alguns telefonemas na tentativa de aferir o grau de encrenca a envolver sua sucessora na Casa Civil.

Interpelada por coordenadores da campanha petista, Erenice disse estar tranquila inclusive em relação ao filho, que teria, segundo a reportagem, recebido comissão de empresa interessada em ampliar seus negócios com os Correios. Até agora, ela era dada como nome certo no eventual governo Dilma.

Filho de braço direito de Dilma fez lobby, diz revista.

 A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu filho Israel Guerra, segundo reportagem publicada na edição desta semana da revista "Veja".

Erenice é braço direito da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Antes de suceder Dilma na Casa Civil, Erenice era sua secretária-executiva.

Segundo a revista, Erenice se encontrou quatro vezes, fora da agenda oficial, com o empresário Fábio Baracat, ex-sócio da MTA Linhas Aéreas, que atua com transporte de correspondências. À revista, a ministra negou.

Todos os encontros, afirma a revista, aconteceram fora da Casa Civil, sempre com a participação do filho de Erenice. Esses encontros englobaram tanto o período em que Erenice era subordinada a Dilma, quanto o período em que sucedeu a candidata petista no comando da Casa Civil, em abril.

No último, a revista reproduz uma suposta frase de Erenice, relatada por Baracat, em que supostamente cobrava um pagamento atrasado à empresa do filho: "Entenda, Fábio, que nós temos compromissos políticos a cumprir".

O contrato, assinado em agosto de 2009, também previa um pagamento mensal de R$ 24,7 mil mensais. O objetivo do contrato, segundo a revista, era aumentar a participação da MTA e da Via Net e garantir mais contratos com a estatal.

Segundo a revista, depois dos encontros com Erenice, intermediados por Israel Guerra, a MTA conseguiu contratos no valor total de R$ 84 milhões com os Correios --destes, R$ 5 milhões foram para a empresa.

A revista reproduz um contrato firmado entre a empresa Via Net Express Transportes Ltda, de Baracat, com a Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, de Israel Guerra, em que é prevista o pagamento de uma taxa de 6% em caso de "êxito" na prestação dos serviços.

Segundo a revista, a Capital foi aberta oficialmente em julho de 2009 e encerrou suas atividades recentemente. Ela estava registrada em nome de Saulo Guerra, outro filho de Erenice, e de Sônia Castro, mãe de Vinícius Castro, assessor da secretaria-executiva da Casa Civil.

No entanto, afirma a revista, quem tocava a empresa, na prática, era Israel, Vinícius e Stevan Knezevic, lotado no Centro Gestor e Operacional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), na Presidência da República.

Reuniões com clientes da empresa aconteceram, segundo "Veja", em um escritório de advocacia em Brasília que tem como um de seus sócios Márcio Silva, que integra a coordenação jurídica da campanha à Presidência de Dilma Rousseff.

Além de Márcio Silva, são sócios do escritório Trajano & Silva Advogados um irmão de Erenice, Antônio Alves de Carvalho, e Alan Trajano, lotado no gabinete do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), réu no processo do mensalão.

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