DE SÃO PAULO
Paulo Vieira de Souza, 61, ex-diretor de engenharia da Dersa (empresa de transportes do Estado de São Paulo), foi preso em flagrante no sábado, na loja de artigos de luxo Gucci, do shopping Iguatemi (zona oeste de SP). A informação é da reportagem de André Caramante publicada na edição desta terça-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
De acordo com o texto, Souza é acusado de receptação de material ilícito --no caso, um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil, que havia sido furtado da própria Gucci. A Justiça mandou libertá-lo na noite de ontem (14).
Souza e o joalheiro Musab Asmi Fatayer, 28, foram à loja para pedir que os funcionários avaliassem o bracelete. Pretendiam negociar a joia entre si. Ao cruzar as informações sobre o bracelete negociado por Souza e Fatayer, o gerente da Gucci descobriu que aquela mesma joia havia sido furtada da loja no dia 7 de maio passado.
Outro lado
O advogado José Mendes de Oliveira Lima, defensor do ex-diretor da Dersa, disse que a prisão dele "foi uma das maiores aberrações jurídicas já vistas em sua carreira". "Ele foi até a Gucci para saber se a joia era verdadeira. Quem quer praticar um crime não vai à loja. Isso é um absurdo!", disse Lima.
Jorge Merched Mussi, defensor de Musab Fatayer, disse ter como provar a origem da joia negociada por ele. "Ele está acima de qualquer suspeita", disse Mussi. "Ele comprou [o bracelete], pagou e revendeu." O advogado de Fatayer já pediu à Justiça a sua libertação.
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