Irmão de Mizael esconde o rosto na porta do DHPP e corre da imprensa
Juliana Aguiar Carneiro
Fonte: DG Da Redação
Na tarde de hoje, o irmão de Mizael Bispo de Souza, 40 anos, suspeito pelo assassinato da advogada Mércia Nakashima, 28, prestou depoimento no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo.
A polícia não divulgou o nome do irmão do suspeito e também não informou o conteúdo de seu depoimento. Por volta das 17h30, ele saiu do DHPP com uma jaqueta tampando o rosto e correu para fugir dos jornalistas que estavam no local.
Os bombeiros que encontraram o carro de Mércia na represa de Nazaré, no dia 10 de junho, também compareceram no DHPP na manhã de ontem para prestar depoimento. Segundo o sargento Marcos Roberto de Souza, o delegado queria saber como estava o carro dentro da represa.
“Não deu pra dar muitas informações porque estava muito escuro dentro da água e não conseguimos ver muita coisa, além disso, a investigação corre em segredo de justiça e não podemos informar o nosso depoimento”, disse o sargento.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Antônio Olim, Souza continua sendo o principal suspeito pela morte da advogada. Anteontem, a irmã de Mércia disse que tem certeza que o ex-namorado tem envolvimento no caso.
Já o advogado do suspeito, Samir Haddad Junior, afirmou ter certeza da inocência de seu cliente e que as investigações deverão comprovar que Souza não é responsável pelo crime ocorrido no dia 23 de maio.
“A família não pode sair por aí afirmando que Mizael é culpado pelo crime. As investigações estão sendo feitas e eu acredito no trabalho da polícia e da perícia”, disse o advogado.
Além disso, Junior ressaltou que Souza sempre esteve à disposição da polícia para ajudar nas investigações e que também ficou abalado com o assassinato da advogada.
Familiares visitam túmulo da advogada assassinada
Após um mês do desaparecimento e do assassinato de Mércia Nakashima, 28 anos, o túmulo onde a advogada está enterrada, no cemitério São João Batista, no Centro, recebeu ontem a visita de parentes e amigos.
Todos queriam prestar uma homenagem à mulher de 28 anos que sumiu após um almoço de família na casa de sua avó, no Macedo, em 23 de maio, e foi encontrada morta em 11 de junho, em represa em Nazaré Paulista, na cidade que leva o mesmo nome.
Por volta das 11h de hoje muitas pessoas entravam no cemitério em busca do túmulo da família Nakashima, onde Mércia foi sepultada no dia 12. Como em uma peregrinação, muitas traziam arranjos de flores e terços que eram depositados sobre a lápide.
A irmã de Mércia, Cláudia Nakashima, 30 anos, disse que a família ainda está muito abalada com o crime e que todos aguardam que a justiça seja feita e que os criminosos sejam presos o quanto antes.
A causa e o dia exato da morte de Mércia ainda são desconhecidos. O Instituto Médico-Legal (IML), que fez a necropsia no corpo da advogada, deve emitir um laudo com os resultados sobre o que a matou e quando até o início de julho.
Apesar disso, o relato de um pescador à polícia leva a crer na hipótese de Mércia ter sido morta no mesmo dia em que sumiu, 23 de maio, um domingo. A testemunha contou ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) ter visto um carro afundar na represa no dia 23.
A testemunha também afirmou ter visto um homem alto deixar o veículo e ainda ter escutado gritos de mulher. Posteriormente, bombeiros foram ao local e retiraram o Honda Fit prata de Mércia em 10 de junho. No dia seguinte, encontraram o corpo da vítima.
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