Cerca de 80 funcionários ocupam na noite desta quarta-feira (9) o saguão do Fórum João Mendes, centro da capital paulista, em protesto por melhoria salarial. O Judiciário paulista está em greve desde 28 de abril por reajuste de 20,16% e a votação do plano de carreiras.
Segundo informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, cerca de 500 manifestantes já ocupavam nesta tarde a praça João Mendes, em frente ao fórum, em assembleia, quando o Órgão Especial do TJ decidiu, por 19 votos a cinco, manter o desconto por dias não trabalhados aos grevistas.
Segundo o tribunal, a decisão foi informada aos manifestantes por volta das 16h. Nesse momento, parte deles adentrou o fórum, cuja entrada é liberada, e não quis mais sair após o encerramento do expediente, às 19h.
O juiz assessor da presidência do tribunal, José Maria Câmara Jr., conversou com os manifestantes, que não deram prazo para deixar o fórum, e afirmou que não haverá confronto. Em nome do TJ, ele permitiu a permanência dos grevistas e informou que a polícia permanecerá no local para conferir segurança. Os banheiros também foram abertos.
Nesta quinta (9), o presidente do TJ-SP, dembargador Antonio Carlos Viana Santos, deve reunir-se com o governador Alberto Goldman (PSDB) para discutir a situação.
Com todo este tempo de paralisação já está correndo o risco de se constatar que não faz falta, infelizmente.
ResponderExcluirComentário infeliz este, hein!!!!!
ResponderExcluirPorque o colega não vaí à Pça João Mendes, na próxima 4a. Feira, e vê de perto os motivos da paralização. Não há nenhum servidor em greve atrás de "aumento" de salário, esperamos apenas que o TJ cumpra a data-base fixada por Lei, e faça o repasse das perdas inflacionárias.
Afinal, meu amigo, a Gasolina no Posto onde abasteço sofre reajuste: O pão, o leite, o condomínio, a mensalidade da Escola dos meus Filhos também sofrem reajuste, e porque não temos o direito de reivindicar "apenas" o cumprimento da Lei, ou seja: "Todos nós, servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, queremos apenas que o TJ pague aquilo que nos é devido por Lei, ou seja: 20,16% de reajuste decorrente das perdas inflacionárias devidas.
Grato
Paulo Zago
Infelizmente, nós servidores do TJ perdemos a confiança na propria justiça. QUE triste....
ResponderExcluirO blog não tem nem teve a intenção de questionar a justa paralisação. O comentário deveria ser interpretado de forma irônica, até pelo fato de que sabemos que a cúpula do judiciário sempre alega deficiências, especialmente quanto a recursos humanos, para atender com celeridade as demandas da sociedade, onde um simples pedido de exoneração de pensão alimentícia, com a anuência do alimentando chega a demorar 6 meses. Seria um absurdo se constatar que os servidores do judiciário não fariam falta. Mais contraditório ainda é o poder judiciário não cumprir o que determina o próprio poder. No entanto, entendemos que 80 pessoas, diante do universo de servidores do judiciário é muito pouco, o que, via de regra é motivo para os administradores alegarem que a pequena adesão não representa a categoria. Sofremos este mesmo problema quando tentamos exigir nossos direitos no poder administrativo. E ainda, devemos refletir; todos os servidores, independente da esfera ou dos poderes: para conquistar o apoio da população quanto aos nossos pleitos e até paralisações, precisamos melhorar muito nosso atendimento, sabemos das dificuldades, no entanto um pouco de atenção às vezes vale mais do que a solução do problema.
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