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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Justiça investigará a Água e Vida em sigilo.

Wellington Alves - Foto: Ana Paula Almeida 14/05/2010 09:17 MP determina segredo de Justiça nas investigações do caso Água e Vida

Dr.João Calil Assem
O promotor de Justiça Nadim Mazloum determinou que as investigações de supostos desvios de verbas públicas envolvendo a Casa de Cultura Água e Vida, Instituto de Promoção Social Água e Vida e o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), em trâmite no Ministério Público (MP) prosseguirão sob Sigilo de Justiça. Com isso, não poderão ser divulgados informações referentes aos documentos existentes ou que venham a ser anexados ao inquérito civil. Com a decisão de Mazloum, os veículos de comunicação não poderão divulgar informações referentes ao andamento do processo daqui por diante. Já o movimento A Verdade, encabeçado pelo presidente municipal do PSDB, Carlos Roberto de Campos, que criou o blog http://averdadeguarulhos.wordpress.com e tem utilizado anúncios nos jornais locais, divulgando o acompanhamento das investigações, buscará outras fontes. Em nota, Carlos Roberto informou que o movimento buscará os esclarecimentos não apenas no MP, mas também nos outros órgãos em que foram apresentadas as denúncias, como Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Ministério da Justiça. "(A decisão do MP) ratifica a seriedade com que o processo será conduzido pela Justiça e nos incentiva a buscarmos ainda mais os esclarecimentos dos fatos", afirma. Almeida, por sua vez, não quis comentar o Sigilo nas investigações. "O caso está sendo analisado pelo Ministério Público, que é o órgão capacitado, de acordo com o que determina a lei." O Guarulhos Hoje apurou que novos documentos devem ser incluídos em breve no inquérito da Promotoria que serão encaminhados por Denise Laura Xavier Veluchi e João Luiz Martins Rubira, respectivamente, ex-presidentes da Casa de Cultura e do Instituto de Promoção Social, autores da representação que apontam várias irregularidades, como a existência de um livro caixa 2 da Casa de Cultura, que teria sido destinado à campanha eleitoral petista em 2008, retiradas de dinheiro na boca do caixa no Banco do Brasil no ano passado, desvio de recursos do Programa Saúde da Família (PSF) e ingerência do Paço Municipal na administração das entidades. Os dois prestaram depoimentos ao MP na última quarta-feira. Segundo o advogado João Calil Assem, que os representa, eles não falariam com a imprensa para não atrapalhar as investigações.

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