A presidenciável petista Dilma Rousseff participou, nesta quarta (12), de sabatina promovida pelo de grupo gaúcho de comunicação RBS.
Na parte da inquirição dedicada à política, perguntou-se à candidata se é possível governar sem mensalão.
E Dilma: “Não só é possível como é uma exigência absoluta fazer isso”. Procurou afastar o ex-chefe do escândalo de 2005.
Disse que Lula “jamais tergiversou com corrupção, droga, crime organizado, lavagem de dinheiro e crime de extermínio”.
Mencionou as ações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Insinuou que, sob Lula, o governo alterou uma prática da gestão anterior:
“Acredito que a melhor coisa que a gente fez foi mudar a política de varrer pra baixo do tapete todos os malfeitos...”
“...Crimes tem que ser apurados, tem que ser levados para o tribunal e as pessoas tem que ser condenadas. Aí se configura a maturidade do processo brasileiro”.
Recordou-se à candidata que, no caso do mensalão do PT, a punição ainda não veio. “Não por vontade nossa”, Dilma retrucou.
Em seguida, Dilma pôs-se a qualificar o escândalo. Caracterizou-o como algo relacionado a pessoas, não ao PT.
“Acho que é muito complicado, no caso do PT, essa avaliação a respeito do que o PT fez. Está sendo apurado...”
“...[...] Não pode igualar o PT a pessoas. Se as pessoas eerraram elas tem que pagar. A instituição Partido dos Trabalhadores não cometeu crimes. São crimes pessoais”.
Dilma esquivou-se de dar nomes ao rebanho. Disse apenas que “quem fez tem que pagar”.
Insinuou que a denúncia em que o Ministério Público acusou a “quadrilha” dos 40 pode incluir gente inocente: “Não é correto botar gente que não fez pagando”.
Perguntou-se a Dilma se a companhia de políticos como José Sarney, Jáder Barbalho e Fernando Collor não a constrange.
E ela: seja quem for o próximo presidente, “o Brasil vai precisar de coalizão para ser governado. O país é complexo e a realidade política exigirá coalizões”.
O importante, disse ela, é que essas coalizões sejam escoradas em compromissos programáticos. É o que acredita ter ocorrido na gestão Lula.
Mas, afinal, as (más) companhias a constrangem? “Não me constranjo nem um pouco. Não acho que seja uma questão pessoal...”
“...A governabilidade do país é uma questão de responsabilidade política”.
Vai escalar o partido de Fernando Collor em Alagoas? “Tudo indica que o PTB [partido de Collor] não nos apóia. Não tenho como responder essa questão...”
“...[...] É precipitado saber o que vai acontecer amanhã com as coligações. Só vai ficar claro em junho”.
Dilma defendeu a aproximação do Brasil com o Irã. Nesse tópico, cometeu uma gafe. Disse que o Irã já "controla armas nucleares".
Defendeu também a generosidade do Brasil com países como a Bolívia e a diversificação das exportações para China, América Latina e África. Sobre a ameaça da Argentina de proibir a importação de alimentos brasileiros, disse que, se necessário, deve-se recorrer à "retaliação".
Instada a dizer se teria com o venezuelano Hugo Chávez o mesmo relacionamento de Lula, a candidata escorregou:
“Acho, assim, inadequado me manifestar pessoalmente. Você imagina se perguntar se a minha simpatia com o [Nicolas] Sarkozy é a mesma do Lula...”
“...Você me arruma um problema com Carla Bruni [mulher do presidente francês]. Fica uma saia justa, apesar de eu estar de calça comprida. Não posso fazer isso. Seria complicado”.
E quanto a Cezari Battisti, deve-se extraditá-lo ou não para a Itália? Dilma disse que deveria haver “um pronunciamento claro do Supremo”.
Recordou-se à candidata que o STF transferiu a Lula a palavra final. “Não tenho condições de dizer a posição do presidente. Eu teria que pegar todos os dados”.
Acrescentou: “Se supremo mandar extraditar, não há a menor duvida, tem que extraditar. É a suprema corte do país. A gente não negocia com a legalidade...”
“...Mas tem outros detalhes que me fogem aqui. Não tenho informação boa pra te dar”.
- Serviço: Pressionando aqui, você chega a três vídeos com a íntegra da sabatina da candidata.
Ingratidão;
ResponderExcluirQuando o filho é bonito se converte no jeito petista de governar, quando é feio o problema é do pai.
Companheiro é companheiro FDP é FDP.