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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Marta e Gabeira: ‘Sequestou, foi escolhido pra matar’

‘Daqui a alguns anos, ela vai pedir desculpas. Vou aceitar’ A pretexto de defender o passado militante de Dilma Rousseff, Marta Suplicy içou à cena a biografia de Fernando Gabeira. Em discurso para militantes petistas, neste domingo (16), Marta disse que Dilma lutou contra a ditadura e, por isso, foi presa e torturada. Merece “respeito”. Contou que um de seus filhos lhe perguntou se era verdade que Dilma sequestrara pessoas e assaltara bancos. Coisas que vira na internet. Marta emendou: “É a forma de eles [da oposição] agirem, tentando desqualificar com mão de gato. A Dilma pertenceu a uma organização na época da ditadura...” “...E isso, gente, não merece desqualificação, merece respeito, porque alguém com 20 anos, que vai ali, põe em risco a sua vida pra defender a liberdade do país...” “...E ser presa e torturada durante três anos, merece o nosso respeito e não a desqualificação”. Súbito, Marta pôs-se a traçar uma analogia entre o passado de Dilma e o do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) - ouça aqui. “Todo mundo aqui já ouviu falar do Gabeira? Já, a maioria, pois é. Vocês notaram isso: que do Gabeira ninguém fala! Ele, sim, sequestrou...” “...Eu não tô desrespeitando ele, ao contrário. Mas ele sequestrou. Ele era o escolhido pra matar o embaixador...” “...E ninguém fala, porque o Gabeira é candidato ao governo do Rio e se aliou com o PSDB. Então, dele não falam”. Marta se referia à participação de Gabeira no sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, ocorrido em 1969. Ouvido pelo blog, Gabeira disse que Marta mente: “Não é verdade que havia uma escala pra matar o embaixador. Há gente no PT que sabe disso...” “...O mais grave é que ela não se deu conta de que está defendendo a Dilma com as mesmas armas das pessoas que atacam a Dilma...” “...Daqui a alguns anos ela vai me pedir desculpas. E eu, certamente, vou aceitar”. No mais, Gabeira disse que pretende dispensar a Marta o mesmo tratamento que já vinha dedicando a ela: “Vou ignorá-la como tenho ignorado de alguns anos pra cá. Não tenho tido relações com ela, não acompanhei direito a trajetória dela”. Candidata ao Senado, Marta discursou ao lado do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloisio Mercadante. Os dois compareceram a um encontro com militantes petistas, na zona leste da capital paulista. A essa altura, a ficha de Marta já deve ter caído. Ao disparar contra Gabeira, ela distribuiu estilhaços à sua volta. O ministro Franklin Martins (Comunicação Social), hoje um dos mais influentes conselheiros de Lula, teve participação destacada no sequestro de Elbrick. Coube a Franklin, entre outras atribuições, pilotar o carro que fechou o veículo que transportava o embaixador americano na hora do rapto. Mais: o sequestrado foi liberado numa operação que resultou na libertação de vários presos que a ditadura levara ao cárcere. Entre eles o companheiro José Dirceu, que voou para Cuba. Sopesados os fatos, Marta perdeu uma dessas raras oportunidades para ficar calada.

Um comentário:

  1. Eis uma prova de que a Srª Marta Suplicy e alguns de seus “companheiros” de partido não tem compromisso com a verdade, e sim, age de forma irresponsável e busca denegrir a imagem de alguém que se encontra no mesmo panorama que seus “companheiros”, no entanto, justifica, por conveniência, as atitudes de quem lhes convém e tenta desqualificar, na mesma cena, quem não atende a suas conveniências.

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