Ex-diretor-geral do Senado foi exonerado em março de 2009 sob acusação de ocultar da Justiça um imóvel avaliado em R$ 4 mi.
Carol Pires, do estadão.com.br
BRASÍLIA - Protagonista do escândalo dos "atos secretos" no Senado, o ex-diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, é um dos candidatos registrados, na última segunda-feira, 5, para concorrer a uma das 24 vagas na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Maia foi inscrito pelo PTC.
Nomeado diretor do Senado na primeira das três vezes em que o senador José Sarney (PMDB-AP) presidiu a Casa, Agaciel Maia ficou no cargo por 14 anos, até ser exonerado, em março de 2009, sob acusação de ocultar da Justiça um imóvel avaliado em R$ 4 milhões. Desde então, está lotado no Instituto Legislativo Brasileiro, órgão ligado ao Senado.
Os atos secretos eram editatos para nomear aliados políticos de senadores, aumentar rendimentos de servidores e criar cargos. Agaciel Maia respondeu processo administrativo no Senado pela acusação de ser responsável pela ocultação dos atos, mas só foi condenado a ficar 90 dias afastado do serviço. Ele nega ter cometido qualquer irregularidade no tempo em que comandou a administração do Senado. O caso também é investigado pelo Ministério Público
Agaciel Maia pretendia, inicialmente, concorrer a deputado federal. Mas, segundo o presidente do PTC em Brasília, Divino Osmar Nascimento, o partido não conseguiu coligação para a eleição federal e, por isto, não conseguiria votos suficientes para elegê-lo. Na eleição para distrital, o PTC se coligou com o PRP.
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