Ao trombetear sua candidata em solenidade oficial, na terça (13), Lula tornou-se candidato a uma nova representação no TSE.
O Ministério Público requisitou as fitas da cerimônia em que Lula pendurou no pescoço de Dilma Rousseff o trem-bala Rio-São Paulo.
Busca-se o áudio do discurso de Lula para verificar se o noticiário orna com o ocorrido.
Mas, de antemão, a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, fala como o ânimo de quem já tem a opinião formada:
"É absolutamente proibido, nessa época do ano, que, em inaugurações, se faça propaganda para um candidato. Isso é uso da máquina pública".
Em verdade, Lula não fez uma inauguração. Injetou Dilma na cerimônia de assinatura do edital de licitação da obra do trem-bala.
Um dia depois, a pretexto de desculpar-se pelo drible que dera na lei eleitoral, Lula encenou novo chapéu.
Disse, em solenidade no Itamaraty, que não poderia ter deixado de mencionar a pupila. E tome-lhe elogios.
O segundo achincalhe à lei foi testemunhado pelo presidente do TSE, convidado ao Itamaraty para uma recepção a autorias da Comunidade Européia.
Para a vice-procuradora-geral Cureau, o reprise do Itamaraty funciona como “agravante” do malfeito original.
Lula já coleciona meia dúzia de multas no TSE. Total de R$ 42,5 mil. Na nova representação, deve ser acusado de abuso do poder político.
O mesmo tipo de “abuso” que levou as Justiça Eleitoral a passar na lâmina os mandatos de governadores, deputados e senadores eleitos.
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