Agentes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) prenderam na noite desta segunda (12) Alejandro Peña Esclusa.
Ele disputou a presidência da Venezuela nas eleições de 1998. Derrotado, tornou-se um opositor radical de Hugo Chávez.
Em 2001, organizou marchas de protesto contra o presidente venezuelano.
Invadiram-lhe a casa. Sua mulher, Indira Peña, disse ter solicitado a presença dos vizinhos e do advogado do marido. Negaram-lhe os pedidos.
A operação foi chefiada por David Colmenares, diretor de inteligência do serviço secreto da Venezuela.
Ele afirmou que, ao varejar a casa de Peña Esclusa, teria encontrado “explosivos”. Indira Peña disse desconhecer o material. Alega que a coisa foi "plantada" em sua residência.
Os agentes recolheram também um computador e várias sacolas, cujo conteúdo é, por ora, desconhecido.
Peña Esclusa foi à garra sob a acusação de manter vínculos com um personagem que havia sido detido na Venezuela em 1º de junho.
Chama-se Francisco Chávez Abarca. É cidadão salvadorenho. Após a prisão, foi deportado para Cuba.
Na ilha dos irmãos Raul e Fidel Castro, Chávez Abarca será processado sob a acusação da prática de "terrorismo".
Atribuiu-se a ele a autoria de uma série de atentados a bomba contra hotéis cubanos. Um caso de 1997.
Antes de ser deportado, Chávez Abarca teria revelado que tramava desestabilizar as eleições parlamentares da Venezuela, marcadas para 26 de setembro.
Agora, o serviço secreto de Chávez vincula Peña Esclusa, o opositor preso na noite passada, a Chávez Abarca, o “terrorista” deportado para Cuba.
David Colmenares, o diretor do serviço de inteligência, não descartou a hipótese de ocorrerem outras prisões. Sem dar detalhes, disse que a investigação ganhou novas pistas.
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