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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Delegada é afastada por vazamento de vídeo no caso Bruno.

A delegada Alessandra Wilke (à dir.), que integra a Delegacia de Homicídios de Contagem (MG), é afastada de inquérito do caso Bruno.

A delegada Alessandra Wilke, da Delegacia de Homicídios de Contagem (MG), foi afastada nesta segunda-feira (19) do inquérito que apura o desaparecimento de Eliza Samudio. O afastamento ocorre pelo vazamento das imagens em que o goleiro Bruno aparece falando sobre o caso durante sua transferência a Minas Gerais, transmitidas neste domingo pela TV Globo.

A informação foi repassada pelo chefe da Polícia Civil de MG, Marco Antonio Monteiro. Segundo ele, será instaurado procedimento administrativo para investigar o vazamento. O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de MG, agora preside o inquérito do caso Bruno no lugar de Wilke.

O advogado Ércio Quaresma Firpe, que representa Bruno, afirmou hoje que o goleiro deve colaborar com a Corregedoria da Polícia Civil de MG na apuração sobre o vazamento.

No vídeo realizado no dia 8 de julho, obtido pela TV Globo e exibido ontem, Bruno insinua que o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, pode estar envolvido no desaparecimento de Eliza. Quaresma afirmou que Bruno irá informar à Corregedoria quem produziu o vídeo em que ele aparece no interior do avião durante sua transferência para um presídio de MG.

Mais cedo, o defensor taxou o vídeo de ilícito. “Prova ilícita eu não discuto”, afirmou Quaresma. O advogado disse ainda que ficou muito satisfeito em saber que a “Globo está patrocinando o avião da Polícia Civil de MG e feliz de saber que tem alguém na folha de pagamento na Polícia Civil”.

Suposta agressão
À tarde, o advogado, que também representa Macarrão, disse que o cliente foi agredido durante interrogatório no Departamento de Investigações de Belo Horizonte. Ele é ouvido sobre o desaparecimento de Eliza.

“Ele [Macarrão] apanhou hoje e vai dar o nome de quem bateu nele”, disse Quaresma. “Foi um delegado de polícia. Ele tomou um tapa no peito e foi jogado ao chão”, afirmou o defensor.

Bruno e o amigo Macarrão chegaram por volta das 12h ao Departamento de Investigações de BH para prestar depoimento. O advogado não informou se eles devem continuar em silêncio, como já fizeram em tentativas anteriores da polícia durante as investigações.

Segundo o advogado, o caso foi levado ao delegado Edson Moreira, que conduz o inquérito, que determinou que fosse feito um exame de corpo de delito. O motivo teria sido, segundo o advogado, uma ofensa a ele próprio. O delegado teria dito a Macarrão para que ele trocasse de defensor.

A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre as declarações do advogado.

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