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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Polícia espera indiciar Mizael por homicídio qualificado até quarta-feira.

À polícia, o vigia Evandro (esq.) afirmou que pegou Mizael na cena do crime com "uma arma na mão". Na ocasião, teria ouvido do ex-namorado da advogada: "já era, já era"

Em coletiva de imprensa realizada no começo da tarde desta segunda feira (12) na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, as autoridades policiais envolvidas na investigação da morte da advogada Mércia Nakashima anunciaram que o advogado, ex-policial e ex-namorado da vítima, Mizael Bispo de Souza, deverá ser indiciado por homicídio qualificado ainda nesta semana, provavelmente na quarta-feira.

Segundo o diretor do DHPP, Marco Antônio Desgualdo, tanto as circunstâncias como a autoria e a motivação do crime estão esclarecidas. “O autor é o Mizael e a cogitação da morte já vinha há algum tempo”, disse Desgualdo, classificando o assassinato como premeditado.

Para ele, os chamados qualificadores do crime seriam três: o método bárbaro para matar Mércia, o fato de o ex-policial ter impossibilitado a defesa da vítima, e a ação ter sido motivada por vingança.

"Houve uma trama, uma situação que levou a moça a acreditar que fosse um passeio, e ela foi levada à morte naquele sombrio local. Ela foi levada para ser morta e vítima de uma emboscada", disse Desgualdo. "Eles a atraíram de forma dissimulada, pois ele (Mizael) já vinha há alguns dias se encontrando com ela (Mércia). E isso fez com que o espírito dela estivesse desarmado. Isso além do sentimento que predominava, de que ele não aceitava a forma como vinha sendo tratado (por Mércia). Era ciúme", complementou o diretor do DHPP.

As investigações ganharam um novo fôlego com a prisão, na última sexta-feira (9), em Sergipe, do vigilante Evandro Bezerra Silva que, segundo rastreamento telefônico, manteve ligação direta com Mizael nos dias que antecederam o crime.

Como explicou Desgualdo, o vigia contou em seu depoimento, já em São Paulo, que foi orientado a pegar Mizael no local da morte da advogada em uma represa no município de Nazaré Paulista.

Evandro contou às autoridades que esperou o ex-policial em um mata-burro que fica próximo ao espelho d'água. Foi nesse local que, segundo seu depoimento, ele viu Mizael subir do local do assassinato com uma arma na mão. Na ocasião, Mizael teria dito: “já era, já era, me leva para o meu carro”.

Segundo o delegado Antonio Olim, que também estava presente na coletiva, são falsas as insinuações de que Evandro teria mudado seu depoimento ao chegar em São Paulo após ter sido coagido.

Como explicou o delegado, realmente o vigia afirmou sua inocência em depoimento informal aos policiais em Sergipe, no entanto, chegando à capital paulista, ao ser exposto a tantos detalhes da investigação o contradizendo (inclusive com mapas), Evandro foi obrigado a mostrar uma nova versão dos fatos.

Segundo Olim, a participação exata de Evandro no crime ainda precisa ser esclarecida – mas é certo que ele teve alguma função na execução da advogada. “O Evandro sabia que Mércia seria morta e o planejamento do crime vinha de quase um mês", disse.

Histórico

A advogada Mércia Nakashima desapareceu em 23 de maio. Ela foi vista pela última vez ao deixar a casa da avó, em Guarulhos (SP).

O corpo de Mércia foi encontrado em uma represa de Nazaré Paulista, cidade do interior de SP, em 11 de junho. O principal suspeito pela morte dela é o ex-namorado, Mizael Bispo de Souza.

Segundo a polícia, relatório das ligações dos celulares da advogada aponta que a última ligação recebida por ela no dia do seu desaparecimento foi de Mizael, às 14h30 do dia 23. Além disso, a polícia também afirma que o GPS (localizador via satélite) do carro de Mizael mostrou que ele passou pelo local onde Mércia foi vista pela última vez.

O ex-namorado dela nega qualquer envolvimento no caso e diz que passou a tarde do dia 23 de maio com uma garota de programa.

Vejam o vídeo do depoimento do Evandro: http://noticias.r7.com/videos/veja-os-depoimento-do-vigilante-suspeito-de-ter-envolvimento-na-morte-de-mercia/idmedia/11035d2b7239a88e6e0b7d1bdec6c8cc.html

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