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domingo, 18 de julho de 2010

O MEC PRECISA EXPOR SEUS CALOTEIROS

O governo está cozinhando um grande programa de financiamento para estudantes de universidades privadas. A ideia é ótima. O jovem faz vestibular, contrai uma dívida e devolve o dinheiro depois de formado. O companheiro Obama foi para Harvard em 1988 e só quitou sua dívida dez anos depois.

Atualmente, existe o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), mas em quatro anos atendeu apenas 9.000 jovens porque os bancos, temendo calotes, preferem não estimular essa linha de crédito. A ideia é botar a Viúva no negócio, dando à banca uma garantia de 70% do valor emprestado. Quem não pagar fica com a ficha suja no sistema de crédito.

Como todos os planos em que entra o dinheiro da Boa Senhora, parece perfeito. A seriedade da iniciativa exige que o governo cumpra uma preliminar. Há 400 doutores que receberam bolsas para fazer cursos no exterior, não retornaram ao Brasil nem devolveram o dinheiro (uma tunga de R$ 100 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União).

O presidente do CNPq, doutor Carlos Aragão, argumenta que os calotes não chegam a 1% dos beneficiados e que todos os investimentos têm riscos. O problema é outro. O MEC, o CNPq e a Capes não tomaram providências públicas para responsabilizar os doutores-caloteiros que estão na nata da elite nacional. No mínimo, a divulgação, na internet, dos seus nomes. No máximo, o envio de cópias para as empresas ou universidades onde trabalham.

ELIO GASPARI

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